A Conferência das Partes (COP) 28, realizada em Dubai de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2023, marcou um momento único na história das discussões sobre mudanças climáticas.
Este evento reuniu líderes mundiais, representantes da sociedade civil, especialistas e membros do setor privado para discutir e definir ações concretas que limitassem o aquecimento global e seus impactos devastadores.
Vamos aprofundar nos principais pontos discutidos e entender como esses debates afetam diretamente os negócios, especialmente no contexto brasileiro.
Vamos lá!
O que é COP 28?
A COP 28 é o principal fórum global onde as nações se reúnem para negociar e tomar decisões relacionadas ao enfrentamento das mudanças climáticas.
Originária da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), a COP impulsiona a implementação do Acordo de Paris e para definir estratégias que garantam a sustentabilidade ambiental e o futuro do planeta.
Principais debates realizados na COP 28
Durante a COP 28, uma série de questões prementes foi discutida e, embora alguns avanços tenham sido alcançados, diversos desafios ainda permanecem:
Acordo de perdas e danos
Um dos marcos históricos da COP 28 foi a criação de um fundo para auxiliar os países em desenvolvimento a lidar com os impactos inevitáveis das mudanças climáticas.
Embora ainda não tenham sido definidos os valores exatos, o acordo representa um passo importante em direção à justiça climática, reconhecendo a responsabilidade histórica dos países desenvolvidos nas emissões de gases de efeito estufa.
Adaptação à mudança do clima
A importância da adaptação foi reconhecida, com ênfase na necessidade de aumentar a resiliência de comunidades e infraestruturas aos impactos climáticos cada vez mais frequentes e intensos.
Países desenvolvidos se comprometeram a dobrar a assistência financeira para países em desenvolvimento até 2025, visando fortalecer suas capacidades de adaptação e mitigação.
Mitigação das emissões
O acordo reafirmou a meta global de limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, a fim de evitar os piores impactos das mudanças climáticas.
No entanto, as metas de curto prazo para redução de emissões continuam aquém do necessário para alcançar esse objetivo ambicioso, exigindo uma ação mais enérgica por parte de todos os países, especialmente os maiores emissores.
Financiamento climático
A mobilização de recursos financeiros para ações climáticas continua sendo um desafio.
Os países desenvolvidos reiteraram a promessa de fornecer US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020 para apoiar as ações de mitigação e adaptação nos países em desenvolvimento.
No entanto, persistem dúvidas sobre como alcançar essa meta e garantir uma distribuição justa e eficaz dos recursos.
Participação do Brasil na COP 28
O Brasil teve um papel de destaque na COP 28, apresentando suas contribuições e compromissos para enfrentar as mudanças climáticas e preservar a rica biodiversidade do país.
Dentre as iniciativas destacadas estão
Preservação da Amazônia
Como detentor da maior parte da Floresta Amazônica, o Brasil assumiu o compromisso de intensificar os esforços para combater o desmatamento ilegal e promover práticas sustentáveis de uso da terra.
Essas práticas também contemplam a implementação de políticas de monitoramento e controle mais eficazes, bem como o fortalecimento da fiscalização e da aplicação da lei.
Redução de emissões
O Brasil também se comprometeu a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, principalmente aquelas associadas ao desmatamento e à degradação florestal.
Para isso, é prevista a implementação de políticas para promover o uso de energias renováveis, como a bioenergia, e a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis, visando reduzir a pegada de carbono do país.
Promoção da economia verde
Além disso, o Brasil destacou seu compromisso com a transição para uma economia mais verde e sustentável, incentivando o investimento em tecnologias limpas e promovendo a inovação em setores-chave, como energia, transporte e agricultura.
Qual o papel das indústrias nesse cenário?
A indústria tem participação ativa na transição para uma economia de baixo carbono e na redução dos impactos ambientais.
Durante a COP 28, várias empresas e setores industriais se comprometeram a adotar práticas mais sustentáveis e a investir em tecnologias limpas.
Veja algumas das principais iniciativas a serem adotadas:
Redução de emissões
Muitas empresas anunciaram planos para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, seja através da melhoria da eficiência energética, da transição para fontes renováveis de energia ou da implementação de processos de produção mais limpos e sustentáveis.
Inovação tecnológica
Outras empresas estão investindo em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias inovadoras, como captura e armazenamento de carbono, energia renovável e mobilidade sustentável.
O objetivo não é apenas reduzir suas próprias emissões, mas também contribuir para soluções globais para as mudanças climáticas.
Parcerias e colaborações.
Muitas empresas estão buscando parcerias e colaborações com outras organizações, governos e sociedade civil para ampliar seu impacto e promover a sustentabilidade em toda a cadeia de valor.
Como vimos, a COP 28 representou um passo importante na luta contra as mudanças climáticas, mas ainda há um longo caminho a percorrer.
É necessário que os países, empresas e a sociedade civil trabalhem juntos para implementar os acordos alcançados e aumentar a ambição de enfrentar esse desafio global.
Somente com ações coordenadas e decisivas podemos garantir um futuro mais sustentável para todos.
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